quarta-feira

9 mentiras sobre o fim do mundo!

A revista CONHECER de agosto explicou sobre as mais selecionadas teorias sobre o apocalipseimage

O mundo vai acabar. É sério. Vai acabar mesmo. Só não vai ser em 2012. Mas dá para antecipar uma data aproximada: o planeta Terra será destruído lá pelo ano 6.999.997.990, ou, arredondando a conta, daqui a uns 7 bilhões de anos.


Será mais ou menos por essa época que o Sol se tornará uma estrela gigante vermelha tão inchada que seu diâmetro vai ultrapassar a órbita da Terra. O planeta será engolfado pela atmosfera solar e completamente pulverizado no processo.


A vida na Terra, entretanto, terá acabado muito antes disso. Em coisa de 1 bilhão de anos, o Sol já estará bem mais quente do que agora, evaporando totalmente os oceanos terrestres e transformando nosso planeta num deserto inabitável.

Isso não é especulação; são fatos científicos. Mostram que não deveria ser tabu ou coisa de maluco falar sobre o fim do mundo. Agora, se o assunto são aqueles sujeitos que andam por aí com plaquinhas com os dizeres "O fim está próximo", aí o negócio muda de figura.

E olha que os caras são criativos, hein? Ao longo desta reportagem, você vai descobrir nove lorotas contadas sobre o fim do mundo, desde profecias da Antiguidade até a hipótese de a Terra se chocar com planetas errantes, passando por alinhamentos galácticos. E poderá ficar tranquilo ao saber que nenhuma dessas proposições faz sentido.


Disso tudo, entretanto, uma coisa é certa: o ser humano parece ter uma fixação ancestral pelo fim do mundo. Em todo século ou milênio que se encerra, essa história reaparece. Em algumas datas específicas a fantasia é requentada, como agora, para 2012. Parece que a humanidade tem um desejo oculto, inconsciente, de autodestruição. O que, como você verá ao final, pode não estar mesmo muito longe da verdade...

1. OS MAIAS PREVIRAM O FIM DO MUNDO EM 2012?
 Calendário maia: apenas mais um jeito de contar o tempo
 
A civilização maia esteve entre os povos mais sofisticados da América pré-colombiana. Seu domínio se estendeu por séculos, antes de ser encerrado pela colonização europeia. E uma de suas tecnologias mais sofisticadas era o calendário.


Como todo artefato desse tipo, ele se presta, em primeiro lugar, a marcar ciclos importantes, como a hora de plantar e de colher, ou a aparição de determinados astros no céu. Para esse tipo de referência, um calendário de 365 é o mais indicado, porque reflete de forma mais acurada o movimento da Terra ao redor do Sol. Os maias possuíam um desses, mas marcavam datas específicas e registros históricos por outro calendário.


Para essa solução alternativa, adotaram um ano (tun) de 360 dias, dividido em 18 meses (winal) de 20 dias cada. Mas, diferentemente do que fazemos, eles não consideram o ano a unidade essencial de data. Ainda tinham o k'atun (que correspondia a 20 tun) e o b'a'ktun (que correspondia a 20 k'atun). Pois bem: o dia 21 de dezembro de 2012, segundo a maior parte dos especialistas, marca o final do b'a'ktun de número 13 na contagem do calendário maia.

Depois disso, o que acontece? Começa o b'a'ktun 14. Só isso. "Em nenhum lugar se diz que o ciclo que estamos vivendo seria o último", afirma Eduardo Natalino dos Santos, professor de história da América pré-colombiana da Universidade de São Paulo (USP).

Ou seja, a ideia de que o mundo vai acabar em 2012 pelo calendário maia é a mesma que levou alguns a pensar que o ano 2000, pela contagem gregoriana, marcaria o final dos tempos. É o fenômeno do número redondo, versão pré-colombiana.

2. OS TERREMOTOS RECENTES SÃO SINAIS DO APOCALIPSE?
Embora sejam sempre imprevisíveis, os terremotos não estão ficando mais devastadores com o passar dos anos


É difícil não se assustar com as notícias de terremotos. A impressão que dá é que, a cada dia, ocorrem mais desses fenômenos, e seu efeito fica mais devastador a cada nova ocorrência.

Mas é só impressão mesmo, segundo os sismólogos. "Os terremotos são aleatórios. Não têm hora nem época certas para acontecer", explica Marcelo Assumpção, sismólogo da USP. "Há períodos em que, por coincidência, ocorrem com mais frequência e outros em que estão mais espaçados, mas trata-se de uma flutuação estatística. A longo prazo, o número de terremotos não está nem aumentando, nem diminuindo."
Em linhas gerais, os cientistas entendem o que ocasiona os terremotos. São processos de acomodação da crosta terrestre. As placas tectônicas (que carregam consigo os continentes) estão em constante movimento, e o atrito entre elas produz os tremores. Por isso há regiões do globo muito mais sujeitas a grandes terremotos que outras - são aquelas localizadas sobre áreas de divisa entre duas ou mais placas tectônicas.
O Brasil, felizmente, está bem no meio de uma placa, de forma que os tremores possíveis por aqui são sempre de menor escala. Mas lugares como o Chile, por exemplo, estão sempre sujeitos a violentos terremotos. O que a ciência não consegue (e possivelmente nunca conseguirá) prever é o momento exato em que ocorrerá um abalo sísmico. Isso porque a previsão exigiria a instalação de inúmeros equipamentos de medição nas profundezas da crosta terrestre, o que é tecnicamente inviável.


3. UMA MUDANÇA DO POLO MAGNÉTICO PODE CAUSAR ALTERAÇÕES DEVASTADORAS NA TERRA?
O magnetismo que protege a superfície do planeta de radiação nociva emanada do Sol está aí para ficar

 
Todo mundo sabe que as bússolas sempre apontam para o norte, certo? Pois é, mas nem sempre foi assim. A cada 400 mil anos, em média, o pólo magnético terrestre se inverte. Estima-se que uma nova inversão (sim, as bússolas passarão a apontar para o sul!) pode acontecer em breve (isso em escala de tempo geológica, ou seja, não quer dizer que estaremos aqui para ver).

Mas os registros geológicos mostram que essa mudança não causa dano algum à biosfera. (Tá, para não dizer que ninguém sente nada, talvez algumas aves que usam um "sexto sentido" capaz de sentir o pólo magnético para definir a direção de sua migração se sintam um pouco perdidas, ao menos no início.)


Esse fenômeno acontece pela dinâmica produzida no interior da Terra, sobretudo na interação do manto pastoso com o núcleo de ferro do planeta. Essa movimentação interna produz um efeito similar ao de um dínamo, que cria a polarização magnética norte-sul. Vez por outra, há uma inversão.


A sugestão de que a terra poderia mudar sua rotação, ou girar ao contrário, por causa da mudança de pólo magnético não faz sentido nenhum. Até a NASA, preocupada com a boataria a respeito de 2012, elaborou um questionário de perguntas e respostas em que essa hipótese é desmentida por completo. "Uma inversão da rotação da Terra é impossível", diz categoricamente a agência espacial americana. "Há pequenos movimentos dos continentes (por exemplo, a Antártida já esteve perto do equador há centenas de milhões de anos), mas eles são irrelevantes para as afirmações de que os pólos de rotação poderiam se inverter."
Aqui, o truque dos farsantes do fim do mundo é fazer as pessoas confundirem a inversão dos pólos magnéticos (fenômeno que deve ocorrer) com a inversão dos pólos de rotação (que jamais ocorrerá).
4. PODERIA UMA PLANETA GIGANTE E DESCONHECIDO SE CHOCAR COM O NOSSO?
Colisões como esta estiveram no passado do Sistema Solar, mas não ocorrerão no futuro


Quem nunca ouviu falar de astros como Nibiru e Hercólubus, o famoso planeta Chupão?(eu!) Eles têm duas coisas em comum: (1) seriam capazes de destruir a vida na Terra e (2) são obras de ficção.

Na fronteira entre o esoterismo e o catastrofismo, encontramos histórias como essas. Nibiru é supostamente um planeta encontrado pelos sumérios, mas que continua invisível à nossa ciência. Hercólubus, muitas vezes chamado de planeta Chupão, seria um mundo gigante, maior que Júpiter, descrito pelo indígena peruano V.M. Rabolú - o mesmo sujeito que andou falando sobre peixes em Vênus (planeta com temperatura média de 480 graus Celsius).


Todos esses mundos errantes têm um único destino: se chocar com a Terra. Há quem diga que já em 2012, outros falam em 2043, e por aí vai. Tem por onde?

"Isso não passa de invenção", diz Cássio Leandro Barbosa, astrônomo da Universidade do Vale do Paraíba (Univap), em São Paulo. "Se houvesse um planeta, sobretudo gigante, vindo em nossa direção, poderíamos vê-lo com nossos telescópios."

Astros desse tipo se tornam facilmente identificáveis porque, se estivessem tão perto do Sistema Solar a ponto de colidir conosco num futuro próximo, teriam um movimento rápido no céu (a cada dia numa posição diferente). Isso chamaria rapidamente a atenção dos cientistas.


No passado remoto, época em que a Terra estava se formando, 4,5 bilhões de anos atrás, colisões entre planetas eram relativamente comuns: foi um choque do nosso planeta com um objeto do tamanho de Marte que produziu a Lua. Agora, entretanto, nosso sistema planetário tem muito menos "lixo" vagando por aí, e os planetas estão estáveis em sua órbita. Nenhum astro de porte planetário vai se chocar conosco, nem agora, nem em 2012 ou num futuro previsível.

5. A TRAVESSIA DO PLANO DA GALÁXIA PELO SISTEMA SOLAR PODERIA PRODUZIR O FIM DO MUNDO?
Planetas alinhados só propiciam bons espetáculos no céu


Estai  uma coisa que todo mundo adora: alinhamentos celestes. Alguns anos atrás, houve certo pânico (não por parte dos cientistas, claro) de que um alinhamento planetário pudesse produzir um "puxão" gravitacional que tirasse a Terra de sua órbita. Os planetas se alinharam, formaram um espetáculo bonito de ver no céu, mas nada catastrófico ocorreu.
Agora, a nova moda é falar de um alinhamento do Sistema Solar (Terra inclusa) com o plano da Via Láctea. Nossa galáxia, como se sabe, é um disco de estrelas (cerca de 200 bilhões) em forma de espiral, com um buraco negro supermassivo em sua região central.
O temor, desta vez, é que a passagem pelo plano galáctico possa produzir alguma radiação que acabe com a vida na Terra. E, novamente, 2012 aparece como uma possível data.
Detalhe: segundo a NASA, o Sistema Solar não vai atravessar o plano da galáxia em 2012. Aliás, é complicado dizer quando vamos passar certinho pelo meio do disco galáctico, uma vez que ele não é regular. Ou seja, esse tal plano é um conceito teórico, não uma posição que se possa atingir com precisão.
Agora, mesmo que fosse possível determinar o momento exato de passagem pelo plano galáctico, é certo que nada de tão terrível aconteceria. Afinal, o Sol completa uma volta ao redor do centro da galáxia a cada 226 milhões de anos e, a cada órbita, ele teria de passar duas vezes pelo tal plano (uma na ida, outra na volta). Entretanto, o registro geológico não mostra nada de terrível acontecendo com a Terra com essa regularidade específica.
"Aparentemente há um grande interesse nos corpos celestes e em sua localização e trajetória ao final do ano de 2012", afirma Don Yeomans, pesquisador da agência espacial americana. "Mas o que temos visto no ciberespaço, na TV e no cinema a esse respeito não é baseado em ciência."
6. HÁ ALGUM ASTERÓIDE QUE VAI COLIDIR COM NOSSO PLANETA EM 2012?
Cientistas trabalham para prever com boa antecedência os riscos de impacto


Asteroides são mesmo um perigo. Os astrônomos trabalham com afinco para mapear todos os grandes pedregulhos que vagam pelo espaço e correm risco de, futuramente, colidir conosco.
A esta altura, praticamente todos os NEOs (sigla inglesa para objetos próximos à Terra) com tamanho superior a 1 km já tiveram sua trajetória mapeada, e nenhum deles deve se chocar com nosso planeta nas próximas décadas.
O objeto mais ameaçador identificado até hoje atende pelo nome de Apófises, um pedregulho com diâmetro aproximado de 270 metros, que passará próximo à Terra em 2029 e ainda tem uma chance ridiculamente baixa (1 em 250 mil) de se chocar conosco na passagem seguinte, em 2036. Mas note que esse objeto tem dimensões que não o colocam como um potencial "destruidor da civilização". Em suma: mesmo que o pior aconteça, pode ser uma grande catástrofe, mas não o fim do mundo.
Asteróides ainda menores que ele certamente vão colidir com a Terra nos próximos anos. Em outubro de 2009, por exemplo, foi registrada na Indonésia a entrada atmosférica de um bólido com cerca de 10 metros de diâmetro. O objeto explodiu no atrito com o ar e não atingiu ninguém em solo. Esse tipo de evento, porém, não preocupa.
"É uma questão séria, mas não perco meu sono com isso", diz Willian Bottke, do South West Research Institute, nos Estados Unidos. "Acredita-se que um asteróide ameaçador à civilização acerte a Terra a cada 500 mil anos. Logo, as chances vão contra acontecer amanhã." Ou em 2012. Ou em qualquer data específica.
O trabalho de monitoramento desses objetos é feito por uma equipe internacional, a Spaceguard Survey, que tem a NASA como principal integrante. As novas descobertas de astros ameaçadores à segurança da Terra podem ser encontradas em http://neo.jpl.nasa.gov/.
7. ALGUM PROCESSO DE ATIVIDADE SOLAR PODE ACABAR CONOSCO?
O Sol está numa de suas fases mais calmas desde que começou a ser monitorado pela humanidade


O funcionamento do Sol já é bastante compreendido em linhas gerais, mas detalhes de como ele opera ainda são escassos. Por exemplo, sabemos que ele tem um ciclo de 11 anos em que vai de períodos de relativa calmaria a maior atividade. Mas pouco sabemos sobre as flutuações que ocorrem entre esses ciclos.
"Atualmente o Sol está saindo de um período de baixa atividade", explica Cássio Leandro Barbosa, astrônomo da Univap. "Mas esse mínimo está sendo diferente dos outros registrados recentemente; nunca a atividade solar foi tão baixa e tão prolongada."
Atividade mais baixa significa menos manchas solares e menos chances de ejeções coronais de massa - pedaços que se desprendem do Sol na direção dos planetas. Com menos tempestades solares, os distúrbios causados por nossa estrela diminuem para a Terra.
Mas, mesmo durante um grande período de atividade solar, o risco para a vida terrestre é mínimo. Os maiores problemas são para os satélites em órbita, que podem sofrer curto-circuitos, e para as redes elétricas em solo. Uma tempestade solar pode provocar um apagão, mas não o fim do mundo.
Sabe-se, é claro, que um dia o Sol realmente acabará com a Terra. Mas isso se dará em cerca de 7 bilhões de anos, quando seu combustível estiver se esgotando. Quando isso acontecer, o Sol, hoje uma anã amarela, vai inchar e se transformar numa gigante vermelha. Sua atmosfera então engolfará os três primeiros planetas: Mercúrio, Vênus e Terra. Será, literalmente, o fim do mundo.
A chance que isso aconteça antes do prazo, no entanto, é zero. O Sol já se mostrou, ao longo de bilhões de anos, uma estrela estável e relativamente previsível. Não vai cometer nenhum ato radical.
8. O AQUECIMENTO GLOBAL LEVARÁ AO FIM DO MUNDO?
Um futuro desértico e trágico ainda está longe de se concretizar


Que ninguém se engane: abundantes evidências científicas dão conta de que a mudança climática, ocasionada pelas emissões de gases causadores do efeitos estufa pelas atividades humanas, é um fenômeno real e extremamente perigoso para o futuro da Terra.
Já se calculam prejuízos imensos decorrentes desse fenômeno, que deve alterar o nível dos mares e até mesmo devastar florestas, como a da Amazônia. Mas essas transformações acontecem lentamente. A maioria das previsões mais confiáveis trabalha com um horizonte do final do século 21 para estimar danos catastróficos.
"O aquecimento global não é uma coisa que se mede de ano para ano; a escala é de décadas", esclarece Carlos Nobre, climatologista do Instituto Nacional de Pesquisas espaciais (Inpe), em São José dos Campos, interior do estado de São Paulo.
Portanto, a mudança climática pode até ser terrível para o mundo, mas não no "prazo" de 2012. E mesmo para depois disso é preciso levar em contas dois fatores.
O primeiro é que os piores cenários sugerem um aumento de temperatura de até 4 graus no ano 2100. É bastante, é dramático, mas não o suficiente para acabar com a civilização.
O segundo fator (e talvez o mais importante) é a noção de que a tragédia do aquecimento global ainda pode ser totalmente evitável. Segundo os cientistas, há tempo (mas não muito) para que as nações mudem suas políticas, invistam em formas de gerar energia que não envolvam a queima de combustíveis fósseis e o acirramento do efeito estufa e, assim, evitem uma catástrofe mais aguda.
Portanto, o aquecimento global só será o fim do mundo se a humanidade quiser.
9. A CROSTA DA TERRA PODE SE DESESTABILIZAR, COMO NO FILME  2012?
O filme 2012 traz cenas divertidas a respeito disso, mas nada realistas


Essa talvez seja a mais absurda idéia de como destruir o mundo. Provavelmente por isso foi escolhida pelo diretor Roland Emmerich (famoso por explodir o planeta de diversos modos em seus filmes, como em Independence Day, que retrata uma invasão alienígena).
Não há hipótese nenhuma de a crosta terrestre sofrer um "saracoteio" desse tipo. "Na verdade, o que vemos é um processo de estabilização. Muito lento, ao longo de bilhões de anos, mas é nessa direção que está caminhando", diz Marcelo Assumpção, sismólogo da USP.
O mecanismo é simples de entender. A movimentação da crosta terrestre acontece porque há um descompasso entre a porção superior da Terra, sólida, e o manto, muito quente e, por isso, pastoso. Mas, conforme o tempo passa, o manto vai lentamente se resfriando. É um processo muito vagaroso, que provavelmente nem terá chegado ao fim antes que o Sol engula o planeta. Ou seja: embora a Terra nunca chegue a ser um planeta geologicamente morto, ela vai se acalmando cada vez mais com o passar do tempo.
E não existe fenômeno natural conhecido capaz de reverter essa tendência. Não importa quantos neutrinos a mais o Sol resolva cuspir ("desculpa" usada por Emmerich em 2012 para bagunçar com nosso planeta que não fez o menor sentido, porque nossa estrela de fato emite neutrinos, partículas minúsculas de carga neutra, mas eles não causam efeito algum em nosso mundo), ou qualquer outra coisa que possa acontecer, nada vai desestabilizar a Terra de dentro para fora.
UMA MEIA VERDADE


A grande verdade é que o mundo não tem data certa para acabar. Mas isso pode até acontecer mais cedo do que imaginamos.
Desde 1945, a humanidade detém tecnologias capazes de promover sua completa aniquilação. Mas o que talvez seja ainda mais relevante é que, de uns tempos para cá, a capacidade humana de se autodestruir crescer. E não foi pouca coisa.
"Algumas dessa ameaças já estão sobre nós; outras são conjeturais", alerta sir Martin Rees astrônomo real da Inglaterra, sem seu livro Hora final. "Populações poderiam ser aniquiladas por vírus letais 'projetados' e até podemos um dia ser ameaçados por nano máquinas incontroláveis que se replicam de forma catastrófica, ou por computadores superinteligentes."
Muitas destas ameaças já são realidade. Em 2002, por exemplo, um grupo de cientistas americanos recriou em laboratório o vírus da poliomielite, tem por base apenas os dados do seu genoma. Por que os pesquisadores fizeram isso? Exatamente para estimular discussões, o mesmo objetivo de Martin Rees ao escrever seu livro.
"Suscita a questão sobre quem deveria decidir, e como, quanto a prosseguir com experimentos que impõem um minúsculo risco de gerar resultados absolutamente calamitosos", afirma o astrônomo britânico.
Rees cita os grandes aceleradores de partículas, como o LHC, que tentará recriar as condições do Big Bang em laboratório. É quase certo que sejam inofensivos, mas há uma possibilidade mínima de que sejam catastróficos. Quem decide o quão pequeno o risco é a ponto de ser aceitável?
Por essas e outras, ao mesmo tempo em que podemos confirmar que toda as previsões de que o mundo vai acabar em 2012 são falsas, isso não é motivo para não nos preocuparmos.
O alerta tem de ser contínuo, pois o ser humano tem esse péssimo hábito de adquirir poderes mais rápidos do que se torna sábio para administra-los.

1 comentários:

Anônimo disse...

Brigado pelas informaçoes.!!!!

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